A sanha saqueadora do Governo e Assembleia Legislativa de Rondônia.
Enquanto seguem acumulando suspeitas em suas filas, apesar de presidir conselhos de ética e comissões de direitos humanos (uma mão lava a outra), deputados de Rondônia parecem impertérritos no compromisso e decisão a favor de atividades ilegais, com resultados devastadores para o meio ambiente, tendo se convertido em especialistas na defesa de atividades clandestinas no estado, como desmatamento de unidades de conservação e a grilagem que extermina as comunidades tradicionais. Legisladores sem respeito pelas Leis.
Entre estas bandeiras da destruição da Amazônia, os últimos meses focou na defesa do lucrativo garimpo clandestino. A ALE/RO em 2016 já tinha tentado legalizar o garimpo no Estado de Rondônia, sendo desaconselhados pelos ministérios públicos federais e estaduais. Os promotores que assinaram as recomendações tiveram suas fotografias exibidas na mídia como retaliação.
Porém a tendência entre os legisladores continua sendo a total falta de respeito ambiental e espoliação das riquezas naturais, que vão embora deixando apenas os bagaços, sem sequer pagar impostos, como mostram as apreensões e transporte ilegal de parte do ouro extraído.
Em meio a pandemia, em janeiro de 2021, (aproveitando para passar a boiada) foi a vez do Governo do Estado, legalizar o garimpo aqui em Rondônia, no Decreto 25.780, em qualquer rio ou igarapé do território rondoniense. O garimpo clandestino de ouro no Madeira já é responsável pela elevada contaminação de mercúrio nas águas do principal rio de Rondônia:
"Se você come diariamente, duas ou três vezes, peixe contaminado pelo mercúrio, o corpo não tem tempo de eliminar, e ele vai acumulando. Nisso, ele vai provocando lesões em órgãos, principalmente no cérebro, rins, fígado, e no coração". "A mulher grávida, por intermédio do sangue do cordão umbilical, pode transmitir o mercúrio para o bebê que está em formação na barriga dela. Se as taxas de contaminação da mãe forem muito altas, a criança pode nascer com sintomas graves, como má formação, paralisia cerebral e até vir a óbito"
O alerta foi divulgada pelo G1 em novembro passado citando o médico e pesquisador em Saúde Pública da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), Paulo Cesar Basta.
As imagens de dezenas de balsas de garimpo tomando conta do Rio Madeira tornou-se um escândalo internacional, que forçou a intervenção do Governo Federal na região de Autazes, Amazonas, traindo as promessas presidenciais de tolerância.
A queima de balsas, tratores, acampamentos e equipamentos usados para atuação clandestina de garimpeiros, grileiros e madeireiros parece ser a única medida efetiva realmente temida pelos infratores. E a judicialização parece ser o único recurso contra a demagógica sanha devastadora e anticonstitucional de nossos queridos governo e assembleia legislativa (ou des-legislativa?), que sacrifica o bem comum em benefício dos saqueadores da Amazônia.
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