URGENTE: Polícia Militar protege pistoleiros em Nova Brasilândia do Oeste RO
A Polícia Militar de Rondônia está
custodiando e protegendo carro de pistoleiros da Fazenda Capão da Onça em Nova
Brasilândia do Oeste em RO. A denúncia é de membros do Acampamento Nova Esperança, de oitenta famílias. No local, os acampados relatam também que na noite passada,
dia 10 de janeiro de 2025, foram aterrorizados com disparos disparados por horas na fundiária do local.
Na mesma noite houve um massacre contra
outro grupo sem-terra no Assentamento Olga Benário do Movimento dos
Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), em Tremembé, no interior de São Paulo, que
resultou na morte de três militantes e deixou outros seis feridos.
Em Rondônia, o Acampamento Nova Esperança reivindica uma área da Fazenda Capão da Onça, que alegam tratar-se de terra pública. Porém continuam até hoje, dia
11 de janeiro de 2025, as ações intimidatórias, com rondas de viaturas da Polícia
Militar de Rolim de Moura, que estão sendo filmadas passando na frente do
acampamento, acompanhando e protegendo carros particulares (alguns carros brancos),
que segundo os acampados, estão ocupados por pistoleiros armados da fazenda.
Justamente, antes de terminar o ano, contingentes da Polícia Militar também intentaram os expulsar sem ordem judicial. Várias pessoas resultaram feridas por disparos de balas de borracha e bombas de gás pimenta, entre eles bebês de poucos meses. Diante da impossibilidade da expulsão, a Polícia Militar e os pistoleiros da fazenda passaram a cercar o Acampamento e assediar os moradores da Linha 45 do município de Nova Brasilândia do Oeste, em Rondônia, dificultando o acesso e abastecimento das numerosas famílias e crianças.
Eles já tinham sido despejados pela Polícia Militar, segundo a Ouvidoria da DPE, com um duvidoso documento judicial de reintegração de posse de 2022, a finais de novembro de 2024, sendo alojadas em local em situação muito precária no município de Castanheiras. Lá foram atendidos por representantes da Comissão de Direitos Humanos da OAB e da Defensoria Pública do Estado, que mediaram para melhorar as condições, conseguindo um galpão da Igreja Católica, que pertence a Diocese de Ji Paraná. Mas até para conseguir água tinham dificuldades, pelo qual decidiram reocupar a mesma área depois do Natal de 2024.
As organizações de direitos
humanos notificaram as atuações da PM, sem retorno, ao Ministério Público de
plantão da comarca. Também notificaram à Ouvidoria Agrária Nacional, à Ouvidoria do
INCRA e ao Conselho Nacional de Direitos Humanos. Fontes da Ouvidoria do INCRA
disseram que no período em Castanheiras, as famílias foram cadastradas. O
coordenador em Rondônia do Ministério de Desenvolvimento Agrário, Gervano
Vicent, confirmou estar mediando na situação. Ontem, dia 09 de janeiro de 2025, foi lá entregar
cestas básicas, pois os acampados já estavam com dificuldades de alimentação. Uma
missão da Ouvidoria Externa da DPE e do INCRA é esperada para os próximos dias.
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