Pistoleiros armados ameaçam e atacam acampamento em Porto Velho, Rondônia.


Grupo armado atacou está manhã o Acampamento Terra Santa, na Gleba Seringal Belmont de Porto Velho. Eles tentaram sequestrar alguns acampados que já tinham recebido ameaças de morte. Nos dias anteriores uma milícia de três pessoas armadas com fuzil e pistolas invadiram os acessos e ficaram rondando o Acampamento Terra Santa, de 80 famílias, na Gleba Seringal Belmont de Porto Velho, na Linha 08. A área fica nas proximidades da Estrada do Penal.

Eles foram filmados e fotografados às 10,40 h. do dia 12.03.24. Eles se deslocavam com uma picape branca e depois de ameaçar armados um dos acampados e tomar o celular, se retiraram pelos foguetes disparados alertando do ataque no acampamento.  Houve registro de ocorrência numa delegacia de polícia civil de Porto Velho.

Câmaras de segurança filmaram parte da movimentação e retirada das pessoas armadas. Também permitiram identificar o carro da milícia armada, uma Chevrolet C-10 branca alugada na cidade. Também aparecem em vídeo andando armados pela estrada de acesso ao local, se retirando armados atrás do carro.

Um morador da Linha 08 Terra Santa que foi abordado, pediu para eles se identificar, e afirmaram ser da polícia civil, porém mostrando uma pistola, disseram que aquela era a identificação deles. Segundo declarações, o morador teve arma apontada na cabeça e foi obrigado a entregar o celular e a desbloquear a senha do mesmo, que teve as informações copiadas num aparelho.

Ao entardecer, pela noite e no dia seguinte, dia 14 de março, o mesmo carro foi avistado pelos acampados, andando nos arredores e coibindo os deslocamentos dos moradores do local, por medo das armas que carregavam. 

Acompanhados de vídeos e de fotografias dos agressores armados, estes fatos foram relatados pelos acampados para a Comissão Pastoral da Terra - CPT-RO –  Foram dados a conhecer também para a Comissão de Direitos Humanos da OAB de Rondônia e para a Ouvidoria Externa da Defensoria Pública do Estado e estão sendo encaminhados para conhecimento e providências junto à Comissão Nacional de Combate à Violência, Ouvidoria Agrária do Ministério de Desenvolvimento Agrário, o Ministério Público de Rondônia e ao Conselho Estadual e Conselho Nacional de Direitos Humanos e Corregidoria da Polícia Civil de Rondônia.







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