O amanhã da Amazônia é agora

Campanha  do Dia da Amazônia e Grito dos Excluídos. Comunidade ribeirinha precisa de poço artesiano. Indígenas isolados próximos de Machadinho estão ameaçados de extinção. Vídeo gravado por criança pede para o avó apagar queimada. Comunidade ribeirinha do Madeira precisa de energia e de poço artesiano. Ameaça de despejo para posseiros de Chupinguaia.


Domingo dia 05, Dia da Amazônia 

As CPTs da Amazônia articularam uma campanha com o lema "O Amanhã da Amazônia é Agora!" em camisetas e faixas espalhadas na maioria dos estados da Amazônia, se fazendo presentes também na vigília e nos atos do Grito dos Excluídos de 2021 em Porto Velho.


Comunidade ribeirinha de São Sebastião ganha indenização de Santo Antônio Energia.

Foi divulgada uma nova vitória das comunidades atingidas pela usina de Santo Antônio foi concedida pela 6ª Câmara Cível da Comarca de Porto Velho concedendo uma indenização aos moradores da comunidade São Sebastião, situada a jusante da barragem, na margem esquerda do Rio Madeira, enfrente da cidade de Porto Velho. Pela sentença, que foi recorrida pela Santo Antônio Energia,  o desbarrancamento aumentou na comunidade após as atividades da usina hidrelétrica ameaçando as casas dos moradores da comunidade, sendo condenada a empresa geradora de energia a total de 292 mil reais.

Indígenas isolados próximos de Machadinho são ameaçados de extinção.
  
Segundo o Instituto Socioambiental (ISA), indígenas situados no noroeste do Mato Grosso, na Terra Indígena Piripkura, são considerados dos mais ameaçados do Brasil. Lá vivem os indígenas Tamandua e Baita, dois sobreviventes do grupo dizimado por invasores, enquanto outra sobrevivente piripkura, Rita, atualmente vive com os karipuna em Rondônia. "O território Piripkura foi o mais afetado por desmatamentos ilegais em 2020. Entre agosto do ano passado a abril deste ano, 2.132 hectares de floresta da TI Piripkura foram destruídos ilegalmente. Apenas em março de 2021, uma área de 518 hectares foi aberta clandestinamente no território".


Vídeo gravado por criança pede para o avó apagar o fogo da queimada. 

Um vídeo divulgado nas mídias sociais mostra uma queimada do dia da Amazônia, dia 05/09/2021, gravado nas proximidades do Rio Madeira, em Porto Velho.  "Foi minha neta que me chamou pra ver o fogo. Quando ela vê um fogo ela corre e me chama: Vó, vamos apagar este fogo, não deixa as árvores queimar."


Comunidade Terra Firme no Rio Madeira. Foto Associação Moradores.

Comunidade ribeirinha do Madeira precisa de energia e de poço artesiano.

Sem água potável há 12 anos, cansados de promessas, comunidade ribeirinha de Nova Esperança, também conhecida como Terra Firme, organizou uma vaquinha virtual para construir um poço artesiano. Eles não tem nem energias nem água potável. Uma live foi realizada pelo grupo Minhas Raízes na quinta-feira, 9, para ajudar a comunidade a garantir acesso à água com a construção de um poço artesiano.  O site Portal da Amazônia relata:  "A Associação dos Moradores, liderada pela Presidente Maria de Fátima resolveu romper silenciamentos e mostrar o sofrimento da comunidade. As mulheres se uniram nessa causa social e fizeram uma vaquinha online com o objetivo de arrecadar dinheiro para a construção do poço artesiano na comunidade. Maria de Fátima fala de como é viver sem água potável":
"A dificuldade é imensa, as famílias demoram horas pra pegar uma água no rio Madeira e mesmo assim é muito difícil pra conservar as plantações, pra fazer nossos alimentos e por isso resolvi fazer uma vaquinha online para arrecadar dinheiro para construir esse poço artesiano em nossa comunidade porque nessa época de verão é muito difícil água. Estamos passando por um momento muito difícil por falta de água em nossa comunidade".
A prefeitura disse que a construção do poço artesiano está prevista apenas para o próximo ano. Mas para Dona Fátima, presidenta das Associação de Moradores, o problema é para já.

Ameaça de despejo para posseiros de Chupinguaia.

Grupo de 46 famílias da Associação Nossa Senhora Aparecida que desde 2013 ocupam os lotes 52 e 53 da Gleba Corumbiara, em Chupinguaia RO, estão novamente ameaçados de reintegração de posse por ordem judicial de Vilhena. Eles ocupam uma área que teve a CATP cancelada pelo Terra Legal e faz anos demandam a regularização fundiária. A anulação do título provisório (CATP) foi contestado e o INCRA acabou não recorrendo a última decisão da anulação da decisão administrativa. (Processo: 1002068-81.2019.4.01.4103)  A decisão de reintegração partiu também da Justiça Federal, processo 1002036-76.2019.4.01.4103. Nela a juíza federal de Vilhena, Sandra Maria Correia da Silva, ordena a reintegração apesar da pandemia e de forma incompreensível, considera que não se aplica ao caso a Recomenda 90, de 2 de março de 2021, bem como decisão proferida pelo Supremo Tribunal Federal na Medida Cautelar na Arguição de Descumprimento de Preceito Fundamental 828 de não cumprimento de decisões de reintegração de posse coletiva. 



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