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Mostrando postagens de março, 2023

Retrocesso para os quilombolas de Rondônia

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Antigas fotografias testemunham a ancestralidade da Comunidade Quilombola do Forte Príncipe da Beira, em Costa Marques. A destituição do responsável pelo programa Brasil Quilombola no INCRA de Porto Velho tem levado estupor e indignação às comunidades quilombolas de Rondônia.  Após anos de bloqueio e empecilhos para a agenda de reconhecimento dos territórios tradicionais, em vez de avançar com o novo governo, o assunto parece retroceder ainda mais aqui no estado. O setor quilombola do INCRA sofreu nos últimos anos com a falta de recursos e de vontade política e somente tinha avançado pelo empenho pessoal do responsável do setor e pela pressão do ministério público federal e das decisões judiciais.  As comunidades esperavam por uma significativa melhora nos processos de titulação territorial, uma mais que justa reparação histórica de séculos de ocupação e preservação ambiental do Vale do Guaporé. Após a perseguição anterior, a população quilombola apoiou a mudança nas eleições, mas cheg

Duas lideranças assassinadas em março no Sul do Amazonas

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Gilson S. da Rosa. Foto:  Noticiasdamazonia . Em poucas semanas de diferença, duas lideranças foram assassinadas nas proximidades de Humanitá. Gilson Silva da Rosa, liderança uma área conhecida como Assentamento Buritis, e José Francisco Almeida da Conceição, conhecido como Zé Pretinho, assassinado dentro do município de Canutama, numa área nas proximidades de Rondônia. As duas mortes confirmam a continuidade da violência desatada na região pelo projeto da AMACRO, na chamada Zona de Desenvolvimento Sustentável do Sul Madeira Mamoré. Gilson Silva da Rosa, presidente da associação de uma área conhecida como Assentamento Buritis, entre Ipixuna e Cristolandia, foi assassinado o domingo 12 de março na BR 319, no entrocamento com a Br 230, a Transmazônica. Uma jovem que viajava no carro também foi atingida por uma bala na perna pelos disparos. Mais tarde o carro da vítima foi queimado no mesmo local. José Francisco Almeida da Conceição, Zé Pretinho liderava a ocupação de um grupo de famílias

Abaixo das barragens de oito PCHs aldeias da TI Rio Branco sofrem alagações em Rondônia

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Abaixo de oito pequenas centrais hidroelétricas (pchs) do Grupo Cassol e outros empresários do Rio Branco de Alta Floresta do Oeste, Rondônia, varias aldeias dos indígenas tupari e outras etnias estão sofrendo alagações, após as represas abrir as comportas. A primeira a denunciar as alagações foi a Aldeia Serrinha, ontem 23 de março de 2023 . Veja as portas abertas da PCH Rio Branco, na Linha 47,5 no caminho da terra indígena para Alta Floresta. Vejam diversos vídeos repassados por moradores do local. A situação tem colocado em perigo os moradores indígenas situados mais abaixo das barragens. Até porque é  preciso atravessar o Rio Branco para chegar em algumas aldeias. A situação confirma a situação de vulnerabilidade provocada pelas usinas hidrelétricas acumuladas nas cabeceiras, que já foi relatado pelo Conselho Nacional de Direitos Humanos.

Missão do Conselho Nacional de Direitos Humanos relata graves violações em Rondônia.

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  CNDH realizou a missão em Agosto de 2022. Imagem: CPT Nacional . Com valentia e muito bom conhecimento da situação, relatório coloca sobre o tapete o horror da violência crônica no campo envolvendo milícias e a Polícia Militar de Rondônia, com cumplicidade do judiciário e dos Governos de Estado de turno nos conflitos agrários, assim como as graves ameaças e perseguições enfrentadas pelos defensores de direitos humanos no Estado, priorizando a qualquer preço o avanço das frentes de grilagem da pecuária, do agronegócio, do garimpo e das hidroelétricas. Ontem 21 de março, o Conselho Nacional dos Direitos Humanos - CNDH finalmente divulgou,  relatório aprovado em assembleia da missão realizada ainda em agosto do ano passado em Rondônia. Uma segunda missão motivada pela falta de avanços significativos após a primeira missão do CNDH em Rondônia em 2016.  “Pouco se avançou dentro das estruturas governamentais para efetivamente combater a violência no campo, tanto que no período de 201